r e v i s t a v í s c e r a #1

r e v i s t a v í s c e r a

arte independente no brasil do século XXI

n ú m e r o 1 /v o l u m e 1 (ano 2021)

para ler em PDF clique aqui (a partir de 16/10)

Nesta edição há: #literatura #conto #poesia #poemas #fotografia #retrato #performance #cênicas #livro #publicaçãoprópria #crítica #semiótica #simbologia #colagem #resenha #teorialiterária #versolivre #artesplásticas #pintura #conceito í#multidisciplinaridade #interdisciplinaridade #notas #textohíbrido #editoraprimata #qtvselo #vendaindependente

Siglas utilizadas: Academia Independente de Letras (AIL); Corrente Marxista Internacional (CMI); Panamericana Escola de Arte e Design (EPA); Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC); Universidade Federal da Bahia (UFBA);  Universidade Federal Fluminense (UFF); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Universidade de São Paulo (USP);

visceralmente apresentamos:

A L E S S A N D R A B A R C E L A R

A M B R O S I N A D A G U E R R E

A N A M E N D O Z A

B E R N A R D O O L I V E I R A

D A N I L O H E I T O R

E L I S I O

G A B R I E L E R O S A

G I L V A N D R O M E N D E S

J H O N A T A N D E A L M E I D A

J Ú L I A L E L L I

K Á T I A S U R R E A L

M E L I F O N A

M I L L E R L U D G E R I O

R E I R I C A R D O C O R A Ç Ã O D E L E Ã O 

T H I G R E S A A L M E I D A

curadoria e diagramação

Z E L I G A R A

equipe editorial

J É S S I C A M E R C A D O

J Ú L I A L E L L I

G R A Z I E L A D R A G O

contato

reviscerar@gmail.com

clique na imagem para acessar o link do evento

L A N Ç A E V E N T O
Sábado, 16 de outubro · 6:00 até 7:00pm
Link da videochamada: https://meet.google.com/xpu-kvsb-ahb

Brotamos com o propósito de fortalecer artistas e expressões artísticas que se realizam independentes do vínculo empregatício ou apoio de grandes empresas.

São as seguintes ações que desejamos incentivar a partir desta primeira edição (com a intenção de um trabalho de longo prazo):

  • divulgar e veicular propaganda de venda de arte independente brasileira do século XXI (a partir de 2001).
  • elaborar crítica de arte além dos parâmetros de publicação acadêmicos (abrindo as restrições de estilo, estética e linguagem).
  • formar um senso dinâmico e orgânico de criação e elaboração coletiva com papéis de atuação delimitados (redatoras, diagramadoras, curadoras, editoras, coordenadores, artistas, divulgadoras e colaboradoras)

Reviscerar ciborgues exauridos pelos movimentos repetitivos ou abusivamente produtivistas. Encontrar a pulsação da linguagem. E reecontrar. Assumir a nau pirata como uma estratégia de viver outras lógicas. Outras sensações. Outras ilógicas. Outras surrealidades. Navegar insistentemente a alteridade até chegar em outras subjetivdades. Integrar subjetividades não-binárias. Integrar a nudez. Integrar as vestes e as máscaras com suas funções indispensáveis de criação de ser. Negar as respostas fáceis demais quando forem armadilhas. Aceitar as propostas simples demais quando forem abraços. Explorar a animalidade até termos a consciência de sentir e saber dos nossos órgãos vitais. Sentir os batimentos cardíacos. Conhecer os sintomas intestinais de microenvenenamentos. Aquecer o estômago. Hidratar os rins. Oxigenar os pulmões. Limpar os fígados, úteros e linfonodos. Examinar a próstata. Ouvir os diálogos entre cérebro e sexo. R E V I S C E R A R.

S E J A M O S P R I M A V E R A S

A L E S S A N D R A B A R C E L A R

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #conto

A L E S S A N D R A B A R C E L A R ________________________________________________  é historiadora, vive em São Paulo, onde nasceu, atua na área de Economia da Saúde. Publicou contos em revistas literárias do Brasil,  Portugal, Argentina, Alemanha e Equador. Participou em 2019 como jurada do prêmio VIP de Literatura (Categoria Contos); colaborou na coletânea Mitos Modernos I, que recebeu o prêmio Le Blanc de Literatura e Arte Sequencial, como melhor antologia de 2018.

A M B R O S I N A D A G U E R R E

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#fotografia #retrato #performance

P R O C E S S O S U R G E N T E S (2020)

A M B R O S I N A D A G U E R R E ________________________________________________ fotógrafa e filmmaker pernambucana-quase-baiana que desenvolve desde 2016 trabalhos de fotojornalismo em diferentes cidades dos interiores nordestinos. Outros trabalhos de destaque são: “Tu conhece o BR?” (2017-2020) e “Escura Natura” (2016-2019).

c o n h e ç a @AMBROSINA.DAGUERRE

R E S E N H A D E ” P R O C E S S O S U R G E N T E S” P O R Z E L I G A R A

#crítica #fotografia #resenha #semiótica #simbologia

“Processos urgentes” é um tríptico fotográfico de Ambrosina Daguerre, publicado em 24 de janeiro de 2020 no perfil do Instagram @ambrosina.daguerre

Fios de cabelo cortados sobre o busto nu de seios femininos. As três fotos, ao se ler da direita para a esquerda, apresentam: 1) a distorção da imagem através da colagem de múltiplos fragmentos em suas laterais, multiplicando as mamas e os cabelos da foto que se supõe original; 2) o quadro estático e fechado desde os ombros até as costelas, sendo atravessado pelo antebraço esquerdo junto à mão que segura um tufo de cabelos caídos contra o meio do peito, ocultando sutilmente o mamilo esquerdo e desvendando corajoso, de frente, o direito; 3) uma mama é evidenciada e sobre o mamilo equilibra-se uma mecha de cabelo, sobre o resto do quadro, ao redor e sobre a mama, vários outros fios caindo.

A constante do ato de corte de cabelo nas imagens cria um caminho interpretativo em combinação com a ênfase ao corpo feminino, especialmente ao busto e às mamas.  O ato de cortar os cabelos é para a formação das mulheres na cultural ocidental um rito específico. Dada a representação tradicional da pureza e feminilidade nas longas madeixas, o corte pode significar a libertação e a transformação da mulher que agia de acordo com a expectativa externa atrás de aprovação moral. Por outro lado, o corte pode ser a manutenção dos fios que estão muito velhos, para que o cabelo adquira mais força e continue crescendo saudável. De qualquer forma, cabelo é um assunto compreendido como feminino no entendimento popular e os cuidados, inclusive o corte, não deixam de ser rituais sensórios, suscetíveis ao prazer do toque e à sensibilidade do efeito não apenas físico, mas também pertinente à imagem pessoal.

Ambos os contextos para o corte de cabelo, portanto, remetem ao duplo signo vida-morte. Biologicamente, o cabelo é um corpo de células mortas produzidas pelas células que residem no coro cabeludo (vale ressaltar que este elemento não tem gênero, dado sua ocorrência em diferentes pessoas). A regularidade do crescimento capilar pode ser associada às plantas ou aos fungos, seres que participam da natureza cíclica que encadeia os processos de vida e morte em todos os seres vivos, a força própria da natureza ingovernável que atua em sua própria maneira: no ciclo da vida, atuando com o tempo sobre os corpos e concedendo-lhes juventude, fertilidade, maturidade e morte.

Sobre a imagem da morte, podemos evocar aqui a tríade greco-romana: Moiras ou Parcas, três mulheres nas respectivas três idades características do ciclo da vida, dividem entre si a tarefa de fiar, medir e cortar o fio que corresponde à vida de cada vivente. Ao considerar cada um dos quadros do tríptico, estes signos aparecem através da morte (o ato do corte) sobre a fertilidade representada no mamilo e apontando tanto para a juventude quanto para a maturidade no encontro destes dois símbolos: o frenesi contra a quietude em movimento do primeiro ao terceiro quadro.  

Moiras, Zeligara (2017). Tinta de soja sobre canson A4.

Como se certa mulher precisasse estar presente nestes processos, como se fosse o seu corpo que pudesse sentir: é sobre a experiência com a morte simbólica que narram estas imagens. O símbolo se dá pelo ato do corte e o contato com os fios que eram parte de seu corpo e já não são mais. Assim, os cabelo são também uma representação não somente da morte, mas também do tempo. É esta constatação que parece tomar conta do corpo que entra em síncope ou alucina com suas dimensões, o que se percebe nos planos abertos e fechados, também no efeito caleidoscópico.

A baixa saturação é um aspecto que intensifica a conexão com a ideia de morte, como se a ausência de cores fosse um instante silencioso em que as sensações oscilam apenas pelo sons da tesoura e pelas formas imprecisas que os cabelos cortados desenham sobre a pele. A suspensão das cores enfatiza a relação da luz com as sombras, o que é outro símbolo recorrente de encontro com conteúdos desconhecidos para a razão. O corpo, inclusive, pulsa sua vitalidade pelo movimento de operar a morte, sabemos que é um corpo vivo porque corta os cabelos. Isto se inscreve especialmente pelo efeito performático da fotografia.

A sequência das fotos se encerra com a multiplicação da imagem, como reflexo de diversos espelhos. Este arranque da pulsão do corpo multiplicando-se ao seu redor sobrepõe novamente a significação de vida sobre a morte: pois já não é mais porque corta que é vivo o corpo, mas porque superou a morte que agenciava como símbolo de tantos processos internos à pele, invisíveis aos espectadores, os processos verdadeiramente urgentes diante da produtividade desenfreada, diante das ilusões da máquina de felicidade perpétua.

No suporte de publicação do Instagram, as hashtags tornam-se parte da descrição textual da imagem, inserindo-a em possíveis palavras-chave e expressões dialogantes com processos em contínua busca virtual e agregando significado às imagens propriamente ditas. Dentre as 28 entradas acionadas através do código # (hashtag), destacamos duas para a continuidade desta breve análise: “feminismo” e “forabolsonaro”. 

Captura de tela da postagem original das fotos de Ambrosina em sua conta oficial.

A nudez evoca a censura em recorrência da cultura que tem medo do corpo. Antes do valor pecaminoso do sexo, há indícios para o medo do corpo desde a cabeça sem cabelos até o excesso dos pelos imprevistos nos veículos publicitários. Diante da conjuntura política, em que as perspectivas tradicionais tomam conta dos meios de comunicação e, especialmente, dos meios de comunicação digital, como o suporte de publicação desta obra, a sinalização de “feminismo” e “fora Bolsonaro” comunicam que a imagem da morte prevista anteriormente na imagem do corte de cabelo está entre os “processos urgentes” invocados pela performance da narrativa fotográfica.

O viés performativo na fotografia contemporânea abre um leque de possibilidades interpretativas, agregando significado não só à imagem oferecida pelo clique (e edição), como também ao próprio processo criativo exibido na obra, seja em sua realização ou em sua publicação. Assim, a morte incidida, suportada e equilibrada sobre o corpo feminino metaforiza os processos de retaliação da mulher sob dado momento político, um dado tempo histórico, que assim como a fruta que apodrece no galho, urge pela morte consciente, pelo gesto de sacrifício e coragem que permitirá que outros frutos possam surgir, para que a morte não tome conta de toda a árvore.

Z E L I G A R A ____________________________________________________________________ (poeta ciborgue) é a voz artística de Graziela C. Drago (K. Zeligara). Idealizadora e editora da r e v i s t a v í s c e r a . Literatista mestranda (UFRJ), educadora licenciada (USP) e fotógrafa profissional (EPA). Publicou junto à Editora Primata o livro de poemas Ex(S)cretos (escarlate), primeiro volume da obra Ex(S)cretos).

www.zeligara.com

https://www.instagram.com/zeligara/

https://www.editoraprimata.com/produto/549423/exscretos-escarlate-de-k-zeligara

A N A M E N D O Z A

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#fotografia #performance #retrato

corpo-clausura (2021)

Informações Técnicas: Registro de performance em fotografia e colagem digitais – 1280 × 1024 RGB
Maio de 2021. Autoria de Ana Mendoza.

Sobre o processo: O trabalho se fez como experimento corporal e fotográfico para um autorretrato pandêmico. Me colocar em movimento dentro de um cômodo vazio amplificou sensações acerca do isolamento prolongado. Agora, pelos limites do corpo contra a parede, contra o chão, o teto e de novo o corpo, tais sensações abstratas ganham dimensão física e tátil. A sobreposição de exposições foi escolha para registrar os movimentos em uma única imagem, estática, que fixa o debater-se e a necessidade de transbordar.  (texto da artista)

Informações Técnicas: Registro de performance em fotografia e colagem digitais – 1280 × 1024 RGB
Maio de 2021. Autoria de Ana Mendoza.

A N A E L I S A M E N D O Z A ______________________________________________________ é de São Carlos, interior de SP, região em que trabalha com arte-educação e produção cultural há quase 10 anos. É mestre em Sociologia pela UFSCar, gestora cultural em formação e artista em descoberta. Suas experimentações dialogam com a performance usando vídeo, fotografia, colagem digital e analógica e explorando a relação do corpo com a paisagem.

B E R N A R D O O L I V E I R A

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #conto #colagem

B E R N A R D O O L I V E I R A _____________________________________________________ é professor de filosofia na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e produtor musical e audiovisual no QTV Selo. Para contatá-lo: bernardo.oliveira@gmail.com

c o n h e ç a QTV Selo ( (selo brasileiro independente) ) https://qtvlabel.bandcamp.com

D A N I L O H E I T O R

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #conto #livro #vendaindependente #editoraprimata

D A N I L O H E I T O R ______________________________________________________________ Meu nome é Danilo Heitor, muito prazer. Nasci em São Paulo, em 1982, e escrevo desde criança. Meu primeiro livro, na 2ª série, foi sobre a minha irmã: “Lukinha Lokinha”. Tenho ele até hoje embaixo da cama — obrigado, mãe. Na adolescência, produzi muitos zines, escrevi letras de música, e na vida adulta enveredei pelas crônicas e contos. Cidade, sociedade e situações inusitadas são temas recorrentes, provavelmente porque a vida de um professor — de Geografia — acaba produzindo muitas histórias. Este conto faz parte do livro Consigo, publicado pela Editora Primata em setembro de 2021.

para adquirir o livro —> https://www.editoraprimata.com/produto/551139/consigo-de-danilo-heitor

E L I S I O

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #poesia #versolivre

E L I S I O ___________________________________________________________________________ Elisio/ Diz ser poeta grego/ louco/ Discípulo de Diógenes/ O sol, a flor/ E o gozo/ São os únicos assuntos/ Que conhece/ Brasileiro/ Tem um quê de macumbeiro/ Nunca recusa tocar um tambor/ Tira o chapéu pras damas/ Que em seu coração/ São pedaços de céu

G A B R I E L E R O S A

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#artesplásticas #pintura #vendaindependente

o b r a d i s p o n í v e l – c o n t a t o @GABRIELEROSAART

“Eu sou livre” spray e canetas acrílicas sobre tela, 35 x 35cm. Autoria de Gabriele Rosa (GRosa). Foto 1.
“Eu sou livre” spray e canetas acrílicas sobre tela, 35 x 35cm. Autoria de Gabriele Rosa (GRosa). Foto 2.

Eu sou Livre — A liberdade é uma utopia? Pra mim, liberdade é escolha e consequência. Evidentemente isso é muito pouco e nem mesmo é possível definir essa ideia tão vasta e relativa. Você nunca estará livre das consequências das suas próprias escolhas, nem livre de ser quem você é. Mas você pode mudar as ideias que tem sobre quem você é e sobre os infinitos caminhos que te levarão além.

I am Free — Is freedom a utopia? For me, freedom is choice and consequence. Obviously, this is very little and it is not even possible to define such a vast and relative idea. You will never book the consequences of your own choices, nor will you book being who you are. But you can change how ideas you have about who you are and about the infinite paths that will take you further.

Soy libre — ¿Es la libertad una utopía? Para mí, la libertad es elección y consecuencia. Evidentemente, esto es muy poco y ni siquiera es posible definir una idea tan amplia y relativa. Nunca reservará las consecuencias de sus propias decisiones, ni reservará ser quien es. Pero puedes cambiar las ideas que tienes sobre quién eres y sobre los infinitos caminos que te llevarán más lejos.

(textos da artista)

Esta e outras obras de GRosa estão disponíveis para venda.

c o n h e ç a @gabrielerosaart

Já pensou em presentear aquela pessoa querida com uma obra de arte?

G A B R I E L E R O S A _____________________________________________________________ Me chamo Gabriele, tenho trabalhado com o nome artístico GRosa. Resido na Zona Sul de Sp e tenho 29 anos, sou historiadora e artista plástica, mãe e empreendedora e busco trazer pela arte o questionamento e a espiritualidade.

G I L V A N D R O M E N D E S

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #livrodecontos #publicaçãoindependente #conto #ilustração

G I L V A N D R O M E N D E S M O N T E I R O__________________________________________ é amapaense e bacharel em Letras português-espanhol pela Universidade de São Paulo. Descobriu-se escritor recentemente e esta obra é sua primeira composição literária, feita do cruzamento das memórias de aventuras vividas na infância, das histórias contadas pelos mais antigos ao pé da fogueira e à beira do rio e da encantada cosmovisão e mitologia da Amazônia.

s i g a @profgilvandro

R E S E N H A d e R a s g a – M o r t a l h a P O R Z E L I G A R A

#crítica #resenha #teorialiterária

Z E L I G A R A ____________________________________________________________________ (poeta ciborgue) é a voz artística de Graziela C. Drago (K. Zeligara). Idealizadora e editora da r e v i s t a v í s c e r a . Literatista mestranda (UFRJ), educadora licenciada (USP) e fotógrafa profissional (EPA). Publicou junto à Editora Primata o livro de poemas Ex(S)cretos (escarlate), primeiro volume da obra Ex(S)cretos).

www.zeligara.com

J H O N A T A N D E A L M E I D A

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #poesia #poemas #versolivre

J H O N A T A N D E A L M E I D A_______________________________________________ Jhonatan de Almeida, 25 anos, nascido em Ivaté (PR). Atualmente reside em
Salvador (BA) onde cursa Licenciatura em Desenho e Plástica pela Escola de
Belas Artes (UFBA). Seus textos literários já foram publicados pelas Revistas
Digitais Cult, Frente & Versos e D-Arte e nas antologias Além da Terra, Além do Céu (III Antologia de Poesia Brasileiras Contemporânea), Liberdade (Antologia de Literatura Livre , pela Chiado grupo editorial) e No Princípio Era o Verso (I Antologia de Novos Poetas pela equipe Clube dos Escritores da UESC).

J Ú L I A L E L L I

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #poesia #versolivre

J ú l i a L e l l i_________________________________________________________________________ é tanta coisa que já não sabe mais. Trabalha com audiovisual, ama arte mais do que tudo, sonha em pisar na terra de novo, cria dois gatos, é filha, amiga e apaixonada. Tem um livro publicado pela Editora Primata chamado Pequena Morte.

https://www.editoraprimata.com/produto/525104/pequena-morte-de-julia-lelli

K Á T I A S U R R E A L

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #poesia #poemas #versolivre

Foto e poema de Kátia Surreal.

K Á T I A S U R R E A L __________________________________________________________ mamãe da gata Bibi, é autora do livro de poesias eróticas “Gradações hiperbólicas” (editora Brunsmarck: 2021), membro vitalício da Academia Independente de Letras (AIL), cadeira n° 155: A SURREALIDADE. Formada em Letras (UFRJ, UFF e UERJ), é professora de português e militante da Esquerda Marxista (CMI). Com inúmeras publicações de textos poéticos em coletâneas literárias, e-books, revistas e jornais, atualmente, mantém seus escritos, através de seu blogue Fugere ad Fictem e pelo Instagram.

l e i a Fugere ad Fictem

c o n h e ç a @KATIASURREAL

Gradações hiperbólicas ____________________________________________________________ Livro de poemas, de Kátia Surreal —> R$40,00 + frete https://www.editorabrunsmarck.com.br/produto/15/gradacoes-hiperbolicas-+var-17

Ao leitor

Escrevo porque insisto em alcançar o clímax pelas palavras. Os dedos começam deslizando suavemente o vazio da tez em papel; e, tão logo, correm desenfreados entre palavras e ideias, que, de repente, se cruzam. Súbito, tudo vai ficando muito e muito sensível, a ponto de não se aguentar mais a supervida despertada. Nessa circunstância, é preciso dar um tempo ao fôlego e à sensibilidade extrema. Assim, tão logo tudo começa outra vez, sempre em busca de atingir o deleite, que nunca alcanço.

Constatado isso, honrado leitor, não se decepcione (tanto) ao perceber, assim como eu, que tudo dito ao longo deste livro não tenha sido o bastante. Nunca será. Admito que eu tenha encerrado esta minha escrita com o sentimento de angústia sobre o quanto é necessário continuar. Mas, por enquanto, é o que temos para hoje…

Deleite-se.

M E L I F O N A

o u ç a M E L I F O N A

M E L I F O N A _____________________________________________________________________ Lucas Melifona é cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista que vive em São Paulo. Começou a tocar saxofone aos 16 anos. Conduzindo seus estudos de forma autodidata, Lucas aprendeu a tocar trompete, contrabaixo e, mais tarde, aderiu ao teclado e controlador midi. Influenciado pelo Jazz, MPB, Samba, Rhythm and Blues, e o Neo Soul, Melifona sempre busca criar atmosferas sonoras somando sons orgânicos, eletrônicos e Poesia.

M I L L E R L U D G E R I O

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#fotografia #pesquisa #conceito #semiótica #multidisciplinaridade #interdisciplinaridade

Inspirado em diferentes obras, como “Identidade em Movimento” de Diana Fuchs, “Ressucita-me” do Coletivo Atos da Mooca, e O Espelho de Machado de Assis, desenvolvi “Vestuário” refletindo sobre os elementos externos que carrego comigo, e que compõem minha imagem, mas não são exatamente eu. É o registro de minhas roupas escarneadas / digitalizadas, cujo o propósito é contemplar a textura dos tecidos que me cobrem, que me foram dados, que me protegem, e me conferem rótulos dentro da vivência social.

M I L L E R L U D G E R I O _____________________________________________________________ Guiado por análises de repertório (diferente e/ou livre de críticas) que ajudam entender o prólogo do universo audiovisual, por curiosidade e prazer. Formado em Comunicação Social – Rádio TV e Internet, tem inclinação para pesquisa científica de obras audiovisuais. Já atuou em projetos de diferentes livros, com a pesquisa de dados históricos e repercussão das mídias. Atualmente trabalha como técnico de estúdio, e mantém suas análises de modo independente.

R E I R I C A R D O C O R A Ç Ã O D E L E Ã O

( ( s e ç ã o l i v r e – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #poesia #poemas #ilustração

registros de um casulo antropofágico é um livro digital gratuito (viabilizado pela Lei Aldir Blanc 2020) escrito através do pseudônimo “O Rei Ricardo coração de leão”. O jovem escritor, natural do interior paulista publica no Instagram (@joaolsd98).

l e i a registros de um casulo antropofágico

Ilustrações da artista visual Maria João (@amaria.joao)

T H I G R E S A A L M E I D A

( ( s e ç ã o a p r i s i o n a m e n t o – r e v i s t a v í s c e r a ) )

#literatura #performance #cênicas #notas #textohíbrido

R E S E N H A – N A R R A Ç Ã O D E E X P E R I Ê N C I A D O E S P A Ç O V I R T U A L “C I R A N D A D O G A T I L H O” ( p o r Z e l i g a r a)

Ciranda do Gatilho é uma obra-site, um projeto digital que reúne arte, pesquisa, experiência e manifesto. É um site (lugar) onde se pode investigar o acaso como um acontecimento menos previsível do que desejam os algoritmos. A quebra do ritmo acelerado da vida urbana-industrial-digital é a chave pra entrar neste lugar de conhecimentos e desconhecidos, conhecidos e desconhecimentos.

Escuta, curiosidade e autonomia: é o que a sala de recepção pede, com as luzes apagadas (o fundo escuro) e a manifestação musical dos búzios virtuais, revelando sons de instrumento de sopro, animais e vozes.

A dúvida impera em meio ao contexto injustificado: em tempos que a arte se restringe ao referencial previsível, este convite à intuição e à leitura semiótica parece surgir primeiro da suspensão da visão, sentido que abusamos nas relações contemporâneas mediadas por telas, mensagens e imagens visuais.

.

O som faz um convite a descobrir o que vem depois do escuro, apontando o búzio como caminho.

Quando termina a faixa, o silêncio parece querer fazer descobrir a ligação do depois com o antes, o que afinal é esta proposta — a arte serve para quê?

Manifesto, expressão, memória, criação. Aqui fica certo que não é o consumo oportunista da arte-espetáculo-business que está em jogo. A colagem de trechos de filmes, reportagens, músicas populares com toque de triângulo e músicas antigas com textura de gramofone, vozes e falas de coração pulsante, com raiva e esperança, sutileza e força — o toque das percussões.

O nome do projeto carrega essa combinação paradoxal da ciranda e do gatilho. A ciranda é símbolo de coletividade e cultura popular, enquanto o gatilho, símbolo da violência que interrompeu as culturas tradicionais nos processos colonizatórios, através da arma de fogo.

Uma exaltação da cultura ancestral, ao mesmo tempo que o lamento pelo etnocídio.

Além do mais, gatilho é uma palavra que se tornou comum para designar episódios ou estímulos que acionem a lembrança de traumas psicológicos, a partir do termo em inglês trigger warning (alerta de gatilho), difundido como alertas frequentes nas redes sociais.

O site oferece um momento para escutar essas palavras duras sobre fome e violência, ritmadas em vertiginosas sonoridades que se causam um efeito de dor, oferecem também a ressignificação das angústias caladas em possibilidades de ação — mesmo que esse ação seja transitar entre esses sons e desorganizar a si, para organizar alguma desorganização das leis sociais de injustiça.

A questão é que a metáfora da nave espacial não indica apenas um () em torno do termo sci-fi, mas remete a um sentimento de possibilidade, incompletude de um processo que só pode se efetuar com a efetiva ejeção desta nave espacial para o cosmos. A expressão de não adequação como metáfora da fuga, () a violência o racismo, nada disso vai mudar () esse discurso que acaba sendo abraçado por você porra —  

Uma fúria santa? Não, uma fúria banta. (ciranda 3)

Além disso, o site conta com um eixo invisível. É preciso acessar e descobri-lo para narrar sua prórpia experiência. Sinta-se à vontade para nos enviar seu texto ou registro em qualquer linguagem, musical ou pictórica, sobre esta ciranda.

f a ç a s u a c h e g a n ç a ::: https://www.cirandadogatilho.com/

CIRANDA DO GATILHO (Roda de engatilhamento contínuo através de correspondências afrográficas e registros audiologovisuais em torno do drible, do crime e da afropresença. Eu sou o terceiro milênio.) é constituída através de: Saskia (compositora, cantora, produtora e DJ de Porto Alegre. Lançou o disco PQ? (Natura / QTV Selo) em 2019), Negro Leo, cantor, compositor, instrumentista maranhense. Lançou 9 discos solo, o mais recente Desejo de Lacrar (QTV Selo / YB Music) em 2020) e Bernardo Oliveira, professor, pesquisador, crítico de música e cinema e produtor do Rio de Janeiro. Faz parte do coletivo QTV Selo.

Deixamos aqui a homenagem aos músicos e artistas que colaboraram fundamentalmente para a obra: Carol Dall Farra (poeta, rapper, slammer carioca. Seu poema “Na ponta do abismo”, foi publicado no livro “Querem no calar: poemas para serem lidos em voz alta”), Luizinho do Jêje (Ogan do Terreiro do Bogum de Salvador – Bahia, é um dos grandes percussionistas do Brasil. Criador da orquestra afropercussiva Aguidavi do Jêje), Guitinho da Xambá (faz parte da comunidade quilombola de matriz africana Nação Xambá de Olinda – PE. Criou em 2001 o Grupo musical Bongar com o qual lançou 6 discos), Michelle Mattiuzzi (performer, escritora e pesquisadora de São Paulo. Colaborou com os coletivos artísticos GIA (BA) e Opavivará (RJ). Vive e trabalha em Berlim, Alemanha), Kainã do Jêje (percussionista, ogan do Terreiro do Bogum, já tocou com vários nomes importantes da música brasileira. Faz parte das Orquestras Rumpilezz e Aguidavi do Jêje) e também Tia Gogó, Tia Nena, Tia Célia, Tia Vânia, Tia Carmelita, Tia Concita, Tia Lourdinha, Tia Conceição, Tia Ziza, Madrinha Nidinha, Marileide da Xambá, Helder Vasconcelos, Babalorixá Ivo da Xambá, Valdir Afonjá, Mestre Adriano (Mumu), Karen Aguiar (Vice-presidente do Maracatu Leão Coroado), Mestre Nado do Barro, Célia do Coco de Seu Manoel (coquista), Dilsinho da Xambá (Juremeiro), Cláudio Rabeca, ​ Rennan Peixe, ​Mestre Meia-Noite e Orun Santana.

Z E L I G A R A ____________________________________________________________________ (poeta ciborgue) é a voz artística de Graziela C. Drago (K. Zeligara). Idealizadora e editora da r e v i s t a v í s c e r a . Literatista mestranda (UFRJ), educadora licenciada (USP) e fotógrafa profissional (EPA). Publicou junto à Editora Primata o livro de poemas Ex(S)cretos (escarlate), primeiro volume da obra Ex(S)cretos).

A r e v i s t a v í s c e r a brotou para divulgar artistas independentes e crítica criativa. Um espaço que cultiva liberdade e responsabilidade. Levantamos pelos direitos dos povos tradicionais, indígenas e quilombolas; pelas pessoas pretas, negras e pardas; das mulheres cis, trans e travestis, dos homens trans, das pessoas não-binárias, das lésbicas, bissexuais e gays, bichas, homossexuais, queer people, intersexos e assexuais; assim como das pessoas com deficiência, neuroatípicas, ouvidores de vozes, pelas pessoas de coração aberto que mesmo não se identificando com nenhuma dessas categorias ainda apoia os direitos igualitários. Levantamos contra a exploração trabalhista e contra a escravidão. Levantamos contra o fascismo. Levantamos contra o bolsonarismo, trumpismo e putinismo. Levantamos pela educação não-autoritária, pelos direito à saúde e alimentação orgânica, manejo cuidadoso das florestas e campos, pela diversificação do plantio e pela agricultura familiar. Levantamos para imaginar um mundo em que haja a possibilidade da organização social e política sem patrões, e sim com parcerias.

Buscamos parcerias também para manter a revista funcionando. Independente do que você faça profissionalmente, caso você sinta que este convite é pra você, venha somar conosco.

Contato: reviscerar@gmail.com

Durante o alto verão sairemos de férias e em meados de fevereiros daremos notícias da edição 2022, caso estejamos vivas 8D

Chegamos ao fim da edição de número 1 (volume 1/único).

Agradecemos visceralmente sua presença.

S E J A M O S P R I M A V E R A S

Há muitos silêncios a serem quebrados. 
Audre Lorde 

("A transformação do silêncio em linguagem e ação", In: Irmã Outsider)

Não esqueçam do lança-evento! Dia 16.20.21, às 18h.

r e v i s t a v í s c e r a

número 1

volume 1/único (ano 2021)

data da publicação do nº1: 22 de setembro de 2021

frequência anual — lançamento no início da primavera

editora responsável: Graziela C. Drago (K. Zeligara) — CEP 25655-111, Petrópolis – RJ.

reviscerar@gmail.com

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora